Na abertura da Loja no Gr.’. de Apr.’., o Esq.’. está sobre o Comp.’., quer dizer que a Matéria predomina sobre o espírito. E o estado que se encontra o Apr.’., necessitando trabalhar a P.’. B.’. para seu aperfeiçoamento interior. A Maçonaria Simbólica encerra seus ensinamentos em diversos símbolos e alegorias. Os símbolos contidos no Painel do Gr.’. de Apr.’., se bem interpretados servirão de base para o entendimento das instruções subseqüentes. Vejamos, pois, que a forma do nosso Templo é de um quadrilongo sendo suas medidas: a largura, do sul ao norte; o comprimento, do Or.’. ao Oc.’.; a altura, da terra ao céu; e a profundidade da superfície ao centro da terra. O Templo Maçônico está situado do Or.’., pois o início da vida aconteceu no Or.’., estendendo-se ao Oc.’..
A Loja está sustentada por três Grandes CCol.’.: Jônica, a Sab.’., representada pelo Ven.’. Mestr.’., pois dirige a Loja e os OObr.’.. Coríntia, a Bel.’., estabiliza e fiscaliza os trabalhos representados pelo 2ºVig.’.. Dórica, a For.’., representada pelo 1º Vig.’.. O simbolismo dos três pilares formou-se, portanto, e desenvolveu-se da seguinte maneira: a colocação das três janelas no Painel Simbólico da Loja, indicando as três principais posições do Sol, durante o dia, no seu decurso pelo firmamento, ou seja, nascente, M.’. D.’. e ocaso. Essas três luzes foram simbolizadas por três candelabros nos altares do Ven.’. Mestr.’., o 1º Vig.’. e o 2º Vig.’.. Essas designações foram associadas com o Rei Salomão, Adonhiram e Hiram (Rei de Tiro) e partindo de outras ordens de idéias, Minerva, Hércules e Vênus. O Esquadro, verdadeira jóia do Ven.’. simboliza a retidão e as ações pautadas na Justiça. O Nível, jóia do 1º Vig.’. difere do nível comum, não fornece apenas a linha horizontal, mas a horizontal precisamente comprovada pela posição correta da linha vertical, para que a horizontal seja correta, precisa formar com a vertical um ângulo de 90 graus, assim sendo, simboliza a Igualdade.
A Perpend.’. ou Prum.’., jóia do 2º Vig.’., é o símbolo da independência da dignidade, altiva e imparcial dos justos, pois a perpendicular não pende com as oblíquas. Dizemos que nossos trabalhos começam ao M.’. D.’., quando o sol está no zênite, de modo que o prumo não proteja a sombra. O Maçom trabalha sem fazer sombras a ninguém, sem vaidade. A P.’. B.’., jóia fixa do Gr.’. de Apr.’., se apresenta em estado natural, grosseiro e primitivo, tal como foi extraída da natureza. E uma jóia, por oferecer, latente, a possibilidade de ser aproveitada para edificar, para construir. Ela ensina ao Apr.’. que o homem dotado de inteligência e raciocínio, pode aperfeiçoar-se na educação e na instrução. Os instrumentos dos AApr.’. são 3: a Rég.’. de 24 pol.’., o Maç.’. e o Cinz.’.. A Rég.’. de 24 pol.’. serve para medir e planejar a obra corresponde a Sab.’. do Ven.’., que há de medir e planear quando dirige os trabalhos. Ensinam-nos que como plano moral, o homem deve medir e apreciar o contorno das suas idéias como se mede um pedaço de pedra, para ter o conhecimento exato do seu valor e da utilidade.
O Maç.’. utilizando para desferir golpes tem relação com o 1º Vig.’. cuja qualidade é a força e cuja missão consiste em transmitir energia, e aos instrumentos, a força de impulsão necessária à execução dos trabalhos. O Maço, é o poder, é a Força. O Maç.’. é ação tanto no Plano Material como na esfera Moral.
Mover pedras e terras para construção de um edifício, mover pensamentos e idéias para a construção de um Ideal.
O Cinz.’. corresponde ao 2º Vig.’. é o instrumento com que o Maçom cinzela a pedra tosca, nela criando linhas superficiais e molduras para embelezamento do edifício. Simbolicamente modela o espírito e a alma, de acordo com os mandamentos da Sabedoria. Representa as nossas faculdades morais e espirituais. Sem o desenvolvimento dessas forças o Maçom não poderia agir no meio que o circunda, nem poderia dar feição sua própria natureza.
A Cord.’. de 81 nós, símbolo da Cad.’. de U.’. representa a união de todos os Maçons na face da terra; no Painel de Apr.’., aparece com sete nós emblemáticos que segundo autores era o tempo que o Apr.’. tinha que cumprir para que se pudesse ser elevado, ou seja, sete anos. Foi um grande instrumento nas antigas construções (também até hoje nas modernas) serviu para arrastar pedras nos planos inclinados para construir as pirâmides.
Ela circunda todo o Templo sem interrupções, terminando de cada lado da porta do Oc.’. por uma borla pendente. Duas outras borlas, estas Artificiais são colocadas no Or.’. sendo no total quatro borlas: duas (reais) no Oc.’. e duas (artificiais) no Or.’., as quais representam as quatro virtudes cardeais: Coragem e Temperança no Oc.’., e Justiça e Prudência no Or.’.. Vemos também no Pain.’. de Apr.’., a Lua e o Sol. A luz, na Maçonaria, simboliza o Secr.’., aquele que não tem luz própria, que ilumina com a luz de outrem, que registra o que a Loja diz e decide.
Durante os trabalhos, às vezes, necessita da Luz do Sol, isto é, do esclarecimento do Orad.’., para transformar a termo, uma proposição de um Ir.’.. Precisa da opinião legal do Orad.’. para que sua Ata, seu registro seja posto em votação. O Sol, símbolo do Orad.’., é o principal astro do nosso planeta. O que muitos dos IIr.’. não sabem, é que o Orad.’., o qual ao Sol representa é o único que pode cassar a palavra do Vem.’., se este se desviar da Retidão de seus trabalhos, desprezando os Regulamentos e desrespeitando a Lei Maçônica. E aí que o Sol brilha em toda sua plenitude, iluminando o caminho pelo qual devem passar os servidores da Ord.’.. O brilho da sabedoria do Ven.’. se ofusca perante o brilho da Justiça e da Lei.
Continuando, temos as CCol.’. B.’. e J.’. , no Oc.’., as quais separam simbolicamente o Templo do mundo profano. Sobre os Capitéis dessas CCol.’. devem existir três romãs entreabertas. As romãs representam as Lojas, pela afinidade de seus grãos, e a união de toda a família maçônica, como exemplo de fraternidade que deve servir para toda a humanidade.
Temos também no Pain.’. de Apr.’., uma escada composta de três degraus, simbolizando a Escada Mística de Jacó, sendo na sua base denominados de Fé, Esperança e Caridade. Trilogia que faz parte da vida de qualquer ser humano seja ele Maçom ou não. Virtudes Morais que principalmente o Maçom não deverá esquecer jamais, de depositar Fé no G.’.A.’.D.’.U.’.. Esperança no aperfeiçoamento moral, e Caridade para com seus semelhantes. Como vimos meus IIr.’., o Gr.’. de Apr.’., sendo o primeiro grau do simbolismo maçônico, é consagrado à Fraternidade e à União de toda a humanidade.
Ruy Luiz Ramires.'.
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