A
partir de 1890, com o Ultimatum, a revolta alia os portugueses sedentos
de mudança. Segundo Luz de Almeida, fundador da Carbonária Portuguesa.
“Estavam ainda longe as sociedades secretas, e os
estudantes, nessa altura, não pensavam em tal assunto”. Esta frase
define uma situação do conhecimento que exige ser corrigida, não só por
ter havido estudantes maçons desde pelo menos os últimos trinta anos do
século XVIII, na Universidade Reformada, como por a nossa investigação
sobre a obra e percurso de alguns desses estudantes, os naturalistas,
ter detectado a presença de sinais de reconhecimento nos seus textos que
pertencem a organizações da Maçonaria Florestal.
Ainda estudante, Luz de Almeida ligou-se em 1896 aos grupos de jovens que militavam em favor da República, conhecidos pelo nome profano de Junta Revolucionária Académica. Esta Junta era a Maçonaria Acadêmica, que ele refere como “Maç'.' Acadêmica”: os três pontos em forma de V, ao contrário dos da Maçonaria da Pedra.’., identificavam os carbonários. Compunham a Maçonaria Académica alunos da Escola Politécnica e dos liceus. Estes jovens agitavam o meio lisboeta em favor da República e estavam ligados a associações secretas de populares, intelectuais e militares. Contando com largo apoio popular, as choças e barracas proliferavam pelo país, mostrando nos nomes a orientação revolucionária que as dinamizava: República, Termidor, Marselhesa, Mocidade Operária, Companheiros da Independência, etc..
Ainda estudante, Luz de Almeida ligou-se em 1896 aos grupos de jovens que militavam em favor da República, conhecidos pelo nome profano de Junta Revolucionária Académica. Esta Junta era a Maçonaria Acadêmica, que ele refere como “Maç'.' Acadêmica”: os três pontos em forma de V, ao contrário dos da Maçonaria da Pedra.’., identificavam os carbonários. Compunham a Maçonaria Académica alunos da Escola Politécnica e dos liceus. Estes jovens agitavam o meio lisboeta em favor da República e estavam ligados a associações secretas de populares, intelectuais e militares. Contando com largo apoio popular, as choças e barracas proliferavam pelo país, mostrando nos nomes a orientação revolucionária que as dinamizava: República, Termidor, Marselhesa, Mocidade Operária, Companheiros da Independência, etc..
Da
Maçonaria Acadêmica irrompe a Carbonária Portuguesa, cujas principais
figuras, ligadas à implantação da República, foram Luz de Almeida,
Grão-Mestre, António Maria da Silva, representante da Venda Jovem
Portugal (corpo legislativo) e Machado Santos, representante da Alta
Venda (poder executivo).
Adstritas
à Carbonária Portuguesa havia outras, entre elas a Loja Obreiros do
Futuro, liderada por Heliodoro Salgado. Numerosos activistas encorajavam
os grupos clandestinos de iniciação que forçaram o surgimento do
movimento revolucionário, anti-clerical e não apenas anti-monárquico.
Desde
a criação até ao fim, a Carbonária Portuguesa teve oito altas vendas,
sempre com Luz de Almeida como Grão-Mestre. De todas a mais importante
foi a Sexta, pois foram os seus elementos que participaram decisivamente
no 5 de Outubro de 1910, na ausência de Luz de Almeida, então exilado
em França.
Fonte: Venda das Raparigas
Fraterno Abraço
RuyR@mires.'.
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